quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

O meu luto, as minhas dúvidas, os meus medos

Acho que ainda não consegui concluir o meu processo de luto pelos meus genes, sinto uma enorme vontade de amar, de cuidar de um filho, mas o luto por nunca poder ter um filho biológico não está fechado. É-me difícil aceitar que nunca serei uma mulher igual ás outras, uma família igual ás outras. Sinto-me ridícula a escrever isto, acho um absurdo escrever isto, mas é o que me vem à cabeça, porque o padrão não é este, porque a ""normalidade"" não é esta.
A minha cabeça parece um turbilhão ora penso uma coisa, ora penso outra, está terrível e jamais avançarei sem certezas! Não quero desistir dos meus genes, que não são fantásticos, mas são meus e conhecidos, e o que conhecemos dá-nos segurança, mas ao mesmo tempo não posso submeter o meu corpo a outra estimulação brutal que tanto mal me faz e que não dá frutos, que não serve para nada. 
Preocupam-me horrores as questões de saúde, não consigo sair deste ponto, não consigo avançar. Como é que viverei na ignorância de não saber se o meu filho ou filha terá muito maiores probabilidades de imensas doenças que eu não conheço. Sabemos que há famílias com imensos casos de certos tipos de cancro, doenças cardiovasculares e por aí vai. Se for menina, como é que ela vai responder quando mais tarde lhe perguntarem se tem cancro de mama na família, mãe e avó materna? Como é que posso esconder uma coisa destas?
Não é uma questão de duvidar de amor, se eu pudesse adotar um bébé, iria ama-lo no primeiro instante, quanto mais um bébé nascido de mim. 
Também não vou mentir, dizendo que não gostaria de ver certas características muito marcantes na  minha família num filho meu, sou humana! Mas não é de todo a minha maior dúvida neste momento.
Não sei qual será o meu caminho, a dúvida permanece, mas cada vez é mais certo que sem a ajuda de outra mulher não poderei nunca concretizar o meu sonho, ou ter melhores hipóteses de o concretizar, será que esta dúvida me vai parar?

sábado, 22 de dezembro de 2018

TEC 2 transferência 4

Negativo.
A dias do Natal mais um negativo. Este parece mesmo uma faca no coração. Tem sido um ano terrível sem tempo para levantar, pela infertilidade e não só. Tem sido um combate de boxe, ainda a recuperar de um soco e já a levar outro.
Apesar de todos os baixos deste ano, e de não ter acreditado durante muitos dias, a partir de determinado momento fui mantendo a esperança que no Natal estaria grávida. É o quarto natal em modo vazio e ter que disfarçar a tristeza e a depressão não é tarefa fácil. Acreditei por momentos que nem tudo pode correr mal, mas afinal pode oh se pode.
De coração em frangalhos e barriga vazia receberei convidados em minha casa e não sei bem como vou arranjar forças, quando só queria estar sozinha no meu canto. Tenho a certeza que apesar de todas as minhas falhas e defeitos, não mereço isto. Sinto uma dor e uma revolta enorme. Sinto-me a lutar contra a maré, acho que isto já é mais do que embriões sem qualidade. Não fui feita para ser mãe, e ainda não sei como viver com este facto.


segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Ponto da situação

Em Outubro quando fui a consulta medir o endométrio, estava doente, aliás tenho estado sempre doente desde o verão, desde que fiz o decapeptyl. Não acredito que tenha relação, acho que não tem, mas a verdade é que já não sei o que é ter saúde efectiva há alguns meses. Uma semana uma coisa, outra semana outra. No dia da ecografia estava muito em baixo fisicamente, estava com um problema de saúde que não é novo para mim, mas que é muito debilitante. Receber aquela notícia, foi mais do que o que eu conseguia suportar naquele momento. O estado em que sai da consulta foi um dos pontos mais baixos desta minha infertilidade. O Dr. Sérgio deu-nos várias hipóteses, no dia em que viu a imagem que seria hidrosalpinge bilateral, desde partir para bloco, até aguardar, até fazer um exame para confirmar. Recorri à psicóloga da IVI ainda nessa manhã, e ainda bem. Muito atenciosa, muito querida, gostei dela e ajudou-me, ajudou-nos, esclareceu-nos, descansou-nos. Passei o resto do dia em casa a recuperar fisica e emocionalmente e lá arregacei mais uma vez as mangas. Preparei-me para uma nova ida ao bloco, marquei consulta com o possível cirurgião, fui a consulta com ele e pedi-lhe a sua opinião. O de sempre chorar, cair, levantar, erguer, lutar, sobreviver. São 3 anos disto, o calo já é grande. Optámos por fazer o exame, foi a nossa opção, das três disponíveis. Primeiro ainda acreditámos que o conseguiriamos fazer naquele ciclo, mas não aconteceu, claro, e acabámos por fazer o exame há poucos dias. E o exame revela que não há qualquer hidrosalpinge, portanto não há necessidade de cirurgia. A minha trompa esquerda não funciona, mas a direita está ok e eu fico muito contente por isso, porque ainda não me tiraram as peças todas, ainda tenho uma trompa a funcionar e isso para mim é bom, não serve para nada mas é bom. Quanto ao futuro não sei, não sei se no próximo ciclo não chego lá para medir folículo e há uma nova calamidade, não sei nunca o que esperar, por isso mais vale não esperar nada e viver um dia de cada vez.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Mais uma onda

Quando tudo começou há 3 anos não imaginei que era isto que me esperava. Lia testemunhos de algumas mulheres com endometriose e pensava:coitadas. Estão bem piores que eu. Pois isso já não existe. No que toca à endometriose e infertilidade sou uma forte candidata ao prémio da melhor do século.
Ao décimo dia do ciclo ia feliz medir endometrio e folículo para hoje à noite dar o trigger e quem sabe daqui a uma semana estar a transferir.
Nunca.
A nova é hidrossalpinge bilateral. Muitos lutos para fazer. Muitas lutas para travar. Nova cirurgia. Primeira consulta de psicologia. Muito duro.

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Wells a paciência tem limites!

A coisa já começou mal, primeiro "um futuro sem bebés não era futuro", que bonita frase não é verdade? Parece tão inofensiva, quando apenas temos capacidade de olhar apenas e só para o nosso umbigo perfeito (e o meu de perfeito não tem nada, após duas laparoscopias, uma delas com uma onfalite), em que tudo acontece como nas histórias de encantar! Uma onda de indignação e dor surgiu nas redes sociais e nos fóruns, pois esta frase magoou e feriu o coração de muitos casais que lutam para concretizar o sonho de serem pais.
Agora surgiu uma nova campanha e adivinhem o "alvo" é o mesmo. Acreditem que percebo perfeitamente, que isto não é intencional, mas caramba depois das chamadas de atenção à marca relativas à publicidade anterior, do que é que eles se lembram? Lembram-se que as melhores coisas da vida não têm preço! Onde estará a vossa sensibilidade meus grandes fofinhos?
"Wells: Dona Dream quanto é que pagou para sentir borboletas na barriga?
Dream: Ora bem Sr. Wells ainda não sinto nada na barriga, só dores terriveis menstruais, no entanto para TENTAR sentir borboletas na barriga já gastei com toda a certeza perto de 20 mil euros! Como vê Sr. Wells, isso de gratuito tem muito pouco! E pelo que sei o vosso planinho de saúde,  fofinho e rameloso, gratuito, não cobre infertilidade pois não? Então secalhar fazíamos a publicidade de outra formazinha não era meus grandes queridos?"
Pois, era isto.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Ponto da situação

O decapeptyl é assim uma coisinha demoníaca e feroz! Meninas se preparem a menopausa não é nice! Disse tantas vezes ao meu marido: a sério que as mulheres têm que passar por isto? Mulher realmente sofre caramba! Os calores senhores os calores, começam a subir pelos braços pelo pescoço até à cara que parece que vai pegar fogo! A mim, o decapeptyl, provocou muitas dores musculares/articulares, descontrolou-me por completo esta tiróide que só agora depois do efeito passar voltou ao seu "normal anormal". Aguardo a menstruação para poder tentar fazer a transferência do congelado, que caso não dê certo será seguida pela tentativa com ovodoação. Não quer dizer que este plano não mude, mas para já é o que me vai na ideia. O meu marido foi fazer o teste de fragmentação dna espermático, para garantir que os nossos embriões não se desenvolvem apenas porque a parte da mãe não tem qualidade e não haver surpresas numa doação ovócitos.
Fiz também 10 dias de antibiótico, de forma a descartar uma eventual ligeira endometrite, pois a histeroscopia e a biopsia não foram muito conclusivas e assim fiz antibiótico só para garantir que fiz tudo.
Em relação ao fim do anonimato da ovodoação preocupa-me imenso, não vou mentir, mas penso que em Portugal a nova lei que sair não irá obrigar os pais a contar aos filhos, apenas caso optem por contar estes poderão obter informação. Ainda pensámos em Espanha mas os valores são muito elevados.
E pronto é isto, tirando alguns problemas de saúde que tenho tido não há muito mais a dizer.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

O náufrago

Sinto que naufraguei em alto mar há 3 anos. Sinto-me a lutar por me manter viva, por me manter à tona de água. Cada dia mais difícil. Depois de tanto tempo a lutar contra as correntes, que vêm de várias direcções, as forças já me vão faltando e muitas vezes tenho vontade de me deixar ir com a corrente, de desistir de lutar. De desistir.
Estou no segundo mês de decapeptyl e de uma menopausa induzida, com um calor infernal e umas dores de cabeça que já me levaram às urgências,mas por um filho tudo.
Na semana passada fui ver a tiróide e mais uma vez descontrolo total. Ninguém me consegue regular, e isto em termos físicos é até emocionais tem muitos efeitos, é pesado. Perdi 5kg e ando bastante cansada,lá consegui falar com o médico por portas e travessas e lá comecei a nova dose.
Fiz a histeroscopia também na semana passada e parece que não há alterações de maior, no entanto fiz biopsia de endometrio e aguardo umas 4 semanas pelos resultados.
O Dr. Sérgio está de férias e agora não sei como vai ser, se tenho que fazer mais uma injecção de decapeptyl, não faço ideia de quando voltarei a ter um ciclo, nem quando poderei fazer a transferência caso o embrião descongele.
A doação de ovócitos é a única esperança que tenho, mesmo sabendo que não é garantia o Dr. falou-me em probabilidades de sucesso de 50%,superior aos 25 % com o meu embrião. Se por um lado a doação me dá alento, por outro tira-me o sono. Sinto que não serei nunca igual aos outros e que aquele segredo me consumirá. Não sei explicar. Não é uma questão de duvidar que sentirei amor igual a um filho que fosse geneticamente meu, isso não me causa dúvidas é o resto. Porque nenhuma das opções  contar e não contar me parece boa, ou será que quero dizer ideal?
Para ajudar mais uma notícia de gravidez.

quarta-feira, 4 de julho de 2018

(infertilidade) O tempo passa e nada muda

Há um ano atrás já tinha saído do bloco e ouvido as boas notícias. Tudo tinha corrido bem e segundo o médico até tinha boas perspectivas. Naquele dia não me incomodei de estar no piso da obstetrícia, não me incomodaram os recém nascidos, as Marias, os Dinis, os Francisco, pois em breve estaria eu naquele lugar. Seria o meu um daqueles bebés a chorar, daqui a um ano, pensei eu, tudo estará bem. Mas não, uma TEC e uma FIV depois nada está bem.
O corpo ressente-se, o coração e a cabeça também.
Estou em menopausa induzida, e estou a aguentar-me por aqui.
Nada mudou em relação ao que sentia há um mês atrás. Nada está diferente para melhor ou para pior. A vida passa, o tempo passa e nada mudou no que há infertilidade diz respeito.

terça-feira, 5 de junho de 2018

Honestidade e o fim

A infertilidade destrui-me.
A infertilidade dilacerou-me.
A infertilidade levou-me tudo, o amor próprio, o respeito por mim,a fé, a esperança, a alegria,a vontade de viver, levou-me o acreditar no que é justo, levou-me o acreditar que o esforço e o trabalho árduo dão frutos, são recompensados, provou-me que a endometriose definiu e irá sempre definir a minha vida enquanto ela durar. Serei sempre endometriose, serei sempre infertilidade.
Fiz de tudo e tudo o que fiz foi pouco, foi nada,de nada serviu e para nada servirá. Nunca, nunca vou ser mãe e nada nada vale a pena nesta vida se não puder ser mãe. Todos os sorrisos, todos os momentos de fé e esperança num resultado bom, à medida que o tratamento ia avançando e íamos tendo melhor crescimento, melhor número foram um gozar, um brincar friamente e maquiavelicamente com os nossos sentimentos.
É isto que eu sinto, uma enorme tristeza, uma enorme angústia. Passar por todo este processo para acabar novamente com dois embriões de má qualidade. Podia ter acabado sem transferir? Estou a ser injusta? Que diferença faz não vão implantar.
Para mim acabou.
Acabou este blogue já não faz sentido, acabou a esperança, acabou tudo. Desejo que ninguém se sinta como eu me sinto neste momento, nunca na vida. 
Nunca vou ser mamã com endometriose, nunca vou ser feliz.

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Transferência embrionária

Houve transferência! De um embrião (não sei letras), mas de qualidade mediana. É um blastocisto expandido.
Ainda não sabemos se restará algum para criopreservar. Por enquanto os 6 estão lá, mas lentos. A assimilar!

domingo, 3 de junho de 2018

sábado, 2 de junho de 2018

Dia 3

D3 e ainda lá estão todos a desenvolver. De D3 a D5 é o verdadeiro tormento. O stress e o medo vão aumentando de dia para dia. Há uma semana os medos eram uns, hoje os medos são outros. É isto uma FIV! Medo, receio, ansiedade  e uma réstia de esperança e de fé que teimam em mandar seguir, levantar a cabeça e continuar.
Estão instaladinhos no embryoscope  com pulseirinha tudo incluído, dois embriões A, 2 embriões B, em que um é mais fraco e 3 embriões C.
Da última vez também tínhamos um A a D3 e depois a D4 não tínhamos, supostamente, ninguém, por isso este telefonema não quer dizer nada, como aliás, sempre! A diferença é que desta vez não queremos telefonema a D4, tendo em conta o sofrimento da outra vez. A minha maior barreira é mesmo esta, chegar a D5 com algum embrião.
O melhor é que desta vez têm ligado mais cedo. O nosso coração agradece tanto!
Será que vamos conseguir? Torçam por nós!

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Dia da criança

Remember when you were a kid and your biggest worry was like... if you'd get a bike for your birthday or if you'd get to eat cookies for breakfast. Being an adult: TOTALLY overrated. 


Dia da criança com os nossos (esperemos) 7 embrioezinhos enfiados naquele embryoscope. Força meus pequeninos, estamos convosco no coração e no pensamento todos os segundos de todos os minutos.

quinta-feira, 31 de maio de 2018

Fecundação


Dos 9 ovócitos recolhidos, 9 estavam maduros e 7 estão fecundados.
Por enquanto tudo bem e tudo dentro do esperado. Claro que são excelentes notícias!  Podíamos ter menos ou mesmo nenhum fecundado, 3 aleluias para estas notícias, mas... Mas sabemos que o mais difícil ainda está para vir e não há nada que possamos fazer para os ajudar a desenvolver, para os ajudar a vencer cada etapa. Está tudo, como sempre, fora do nosso controlo.
Só nos resta rezar e acreditar que tudo será melhor e diferente desta vez. Se consigo acreditar nisso, não de todo, mas adorava estar errada.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Punção

Correu tudo dentro do esperado. Foram puncionados 9 ovócitos. E agora, let the torture begin!
A torcer muito, muito, a tentar acreditar muito, muito, a tentar ser optimista e a tentar ser positiva, assim mesmo muitooooo!

segunda-feira, 28 de maio de 2018

2a FIV /ICSI 4a eco

Hoje estamos mais animados. 5 folículos à direita todos com tamanhos muito próximos alguns com 21mm outros com 20.5mm e um mais pequeno, mas também com tamanho de "maduro". À esquerda mais assimetria. Um passado do prazo, com 25mm, alguns não maduros e dois que esperemos que maduros um de 15.5mm e outro maiorzito.
O endometrio afinal não está "obeso" está com 12,5mm. O Dr. acha que serão 7 com bons indícios,agora vamos ver quantos maduros.
Fizemos "apenas" 9 dias de estimulação com 2 dias de redução no gonal de 200 para 150 UI/dia, mantendo o menopur e o orgalutran.
Vamos fazer duplo trigger com decapeptyl e ovitrelle hoje à noite. Que este duplo trigger nos dê uma ajuda na qualidade é o que peço.
A punção será na 4a feira. Agora é entregar a Deus ou a alguém.
Que o dia 30 nos sorria.
Obrigada por terem estado aí.

sábado, 26 de maio de 2018

2a FIV /ICSI 3a ecografia

Hoje com a Dr. Ana Aguiar. Segundo ela só temos 2 bons os tamanhos variam muito entre 13.5mm e 19mm. Não deve haver transferência,o endometrio está muito gordo. Excesso de hormonas, digo eu. Fiz análises hoje, vou ver se é para baixar doses. Hoje será o 8o dia de estimulação. Estimularei hoje e amanhã. Nada corre em condições  estou triste e frustrada, mas sobretudo muito cansada.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

2a FIV /ICSI 2a eco

Dia de ecografia (do demo) com a Dra. Catarina que é uma querida. Gosto dela. Apetecia-me dizer-lhe a mylittlefairytale está grávida yuppie! Internavam-me na certa.
Estava em nervos, mas menos do que na primeira vez. No entanto vim muito baralhada com números de folículos e tamanhos. São 10,mas para aí uns 3 ou mais não devem servir para nada. Estamos portanto iguais à primeira estimulação, mas são mais assimétricos o que me assusta. O meu ovário esquerdo não se quer deixar ver e estou com medo que não o consigam puncionar. Tenho medo de tudo, vá. O mais estranho disto é que hoje é só o 7o dia de estimulação e estão a falar de punção para 2a,3a ou 4a. Amanhã volto lá, que maravilhoso!

quarta-feira, 23 de maio de 2018

2a FIV/ICSI 1a eco

Após 4 dias de estimulação fomos à foliculometria, também conhecida como ecografia do demo! Senti-me muito mal antes da consulta devido à ansiedade, fiquei branca como o tecto, nauseada, um poço de stress a achar que ia tudo ser cancelado, pensei mesmo que ia desmaiar, em determinada altura. Isto, definitivamente, não é uma reacção normal. Detesto a forma como lido com isto,mas não sei, não consigo fazer isto de forma diferente. Grrrrrrr!
Veredito entre 5 a 8 folículos. 5 no direito que são mesmo folículos e 3 bolas pretas no esquerdo que se crescerem são folículos, se não crescerem não são! Tcharan!
Não são boas nem más notícias  Diferenças da primeira estimulação: o tamanho. Estão "bastante" mais crescidos desta vez rondam os 10 e os 12mm no direito e os 7 e os 10mm no esquerdo, da outra vez por esta altura estavam pelos 6mm a 8mm,tanto que vou já juntar ao rol de picas o orgalutran desta vez. Na FIV passada só juntei o cetrotide ao 8o dia. Não sei se isto é bom ou mau. O Dr S. diz que estão muito simétricos o que é bom.
Endométrio está a 10mm.
E eu estou cheia de dores do lado direito!
Vamos ver o que diz a eco na 6a,mas não vou já jogar a toalha ao chão. É uma espécie de nim, se forem 8 não é mau para os meus padrões, se forem só 5 é scaryyyy e triste.
Enfim... Mas são 8 pah...

terça-feira, 22 de maio de 2018

O que vai cá dentro #10

Medo. Terror. Pânico.  Stress. Ansiedade.
Medo que a endometriose esteja a rejubilar de felicidade e a crescer a olhos vistos levando-me novamente ao bloco, medo deste ciclo ser cancelado por um quisto no ovário esquerdo (dor) que já sentia antes da estimulação, medo deste ciclo ser cancelado por não responder às injecções, medos, tantos medos.
Sinto que investi muito mais a todos os níveis nesta FIV/ICSI, em acupunturas, em suplementos em tudo e mais um par de botas, dei tanto tanto de mim.
Amanhã faço consulta de monitorização e tenho que me aguentar, tenho que me concentrar para não sucumbir à ansiedade.

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Um jogo de sorte e azar

É assim que muitas vezes vejo isto da infertilidade. Não deve haver campo da medicina e da ciência em que haja tantos "milagres" e tantos "azares", talvez por ainda haver tanto desconhecimento de inúmeros campos relacionados com este tema. Já são conhecidos tantos factores que podem influenciar e até  características genéticas e etc e etc, mas acho que ainda falta conhecer outros tantos. Mesmo assim e sabendo que o controlo de uma situação destas é abaixo de zero tenta-se enganar o destino! Come-se um ananás aqui, um abacate ali, um antioxidante e um multivitaminíco acolá! Faz-se uma acupunctura, espreme-se um pensamento positvo, tenta-se uma meditação, e a quantidade de meditações que existem, hã? Basta recorrer ao youtube e escrever "fertility meditation", as entradas são mais de 60000! Já fiz de tudo, menos macumba senhores! 
Faz-se uma breve pesquisa de relatos positivos de FIV e encontramos centenas de relatos que pretendem comprovar que foi o facto de terem feito isto ou aquilo que resultou num belo positivo!
No outro dia vi aquele primeiro episódio da reportagem da SIC sobre cancro, em que um médico dizia o que para mim é a mais pura das verdades. Dizia, por outras palavras, que admirava imenso as pessoas que conseguem manter um espírito positivo e que é assim lidam com a sua doença. No entanto, no fundo isto é um jogo de sorte e azar, não vamos fazer aqueles a quem as coisas não estão a correr bem, ficarem a achar que ainda por cima a culpa é deles, que deviam ter feito isto ou aquilo, não, de todo, as coisas não são assim, não funcionam assim. 
Vou para esta FIV/ICSI, quando for, que desconfio que vou ter presentes envenenados na ecografia, com um espirito completamente diferente. Não mais positivo, apenas com menos dúvidas, e a esperar muito menos, no entanto muito mais assustada. Pois esta será a última, chover no molhado é que não. Já sei que o cenário é péssimo (poucos e maus, não há muito pior do que isso pois não?) e sei principalmente que os sentimentos que me esperam não são bons, as angústias e as esperas e o zero controle da situação põem-me os nervos em fanicos. 
Depois esta história do não anonimato da doação de gâmetas, que era a minha oportunidade de ter uma família, a minha prancha de salvação, ainda vem piorar tudo, dá-me insónias, sinto que me querem tirar tudo, começando pela sanidade mental.



quinta-feira, 3 de maio de 2018

Balanço

Trombofilias tudo OK. Pelo que vi no blog da Mylittlefairytale faltaram testar umas quantas mutações  só testei uma, mas não há indícios de nada que justifiquem mais investigação...
A tiróide, como já tinha dito está OK.
Agora o Dr. recordou a vitamina D que estava pelas ruas da amargura em Fevereiro e que ainda não repeti, ninguém me mandou repetir, depois de fazer a suplementação. Aguardo que o médico me envie a requisição desta análise para ver como anda a vitamina D, e se ainda dará para fazer estimulação neste ciclo, pois a menstruação veio ontem e serão 12 dias de pílula.
Tenho dias mais animados, em que ao constatar que faço, realmente, tudo por um filho e que acho que pode até correr bem, não por motivos científicos, mas sei lá, por milagre e tenho dias em que não acredito em nada. Tenho feito acupuntura semanalmente que me ajuda a nível emocional, a nível de ansiedade e que tem fundamentos científicos que a defendem como coadjuvante da FIV. Ontem vim de lá animada e hoje estou de rastos e realmente não percebo nada desta vida. Tive dores terríveis,  menstruais, como as que tive antes da cirurgia, receio que na próxima eco já haja um cem número de novas lesões. Quando não é a tiróide são os quistos e agora a vitamina D. Faço tudo certinho, acupuntura, tomo os suplementos todos tento alimentar - me bem e em momento algum há um "prémio" de bom comportamento.
Acabaram as doações anónimas o que significa que nem o nosso plano poderemos seguir em Portugal,teremos que procurar ajuda em Espanha para podermos realizar o nosso sonho... Ou melhor para tentar 
Sei lá é tudo tão difícil e tão complicado que parece mesmo que não é para ser.

domingo, 29 de abril de 2018

É oficial

Terminaram as doações anónimas em Portugal. Porque raio nos fizeram isto? A nós casais inférteis que já tão poucos apoios temos. Porquê? Que revolta é que tristeza sinto. Fizeram-no porquê  Porque acham que temos dadores  em excesso? Então no Único banco público são aos milhões.
Fica a minha pergunta, o que não entendi, se me puderem ajudar, os pais de filhos com embriões doados são a partir de agora obrigados a informar os filhos? Os doadores podem procurar a criança? Estou tão tão desiludida e tão triste com o meu país que nem consigo colocar este sentimento em palavras..

sábado, 28 de abril de 2018

Assustada

Assustada com a possibilidade do fim do anonimato de gâmetas doados. Mesmo assustada.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

As caixas e o nós por cá

As caixas de menopur e gonal pairam há mais de um mês e meio no meu frigorífico. Cada vez que o abro lá estão elas, a olhar para mim, a lembrarem mais um travão, mais uma paragem, mais um passo atrás. Só me apetece atirá-las pela janela.
Já repeti as análises da tiróide. O endocrinologista tinha falado na repetição das análises 6-8 semanas após começarmos a nova dose de eutirox e poucos dias após as 6 semanas os meus valores estão normais, responderam bem à nova medicação. Tenho o ok do endocrinologista para avançar.
Neste período de espera disse ao Dr. Sérgio, que me sentia mais à vontade se fizesse as análises ás trombofilias, mesmo sabendo não ter nenhuma indicação para tal, acho mais seguro. Ele não se opôs e aguardo os resultados, que demoram algum tempo.
Terminei a pílula há 15 dias, e após a menstruação devo iniciar uma nova caixa, penso eu. Não quis estar a tomar pilula até ao inicio da estimulação para não parar demasiado os meus ovários já de si parados.
Tenho feito acupunctura uma vez por semana e a juntar aos meus antioxidantes todos e multivitaminico estou também a fazer fitoterapia. A acupunctura ajuda-me com a ansiedade, pelo menos isso é um efeito benéfico.
Estive de férias, o meu marido não pode tirar todos os dias, fiquei por casa alguns dias sozinha antes de irmos passear e namorar um pouco e não liguei o complicómetro. Muitas horas sozinha costumam ser terríveis para mim, mas desta vez não senti a ansiedade que costumo sentir, estive mesmo bem, aguardo ansiosamente a TPM para estragar isto!
Ainda não decidi se marco consulta na ginemed antes de começar efectivamente a estimulação, não me sinto confortável em fazer tudo igual, e gostava de perceber se vamos fazer tudo igual porque na verdade não há mais nada a fazer ou se haverá algo que possamos mudar e que possa, eventualmente, ajudar ligeiramente a coisa. Amanhã devo ligar para a ginemed, vamos ver.
Este tempo de espera pela normalização da tiróide tem passado bem, não sei se é por não perceber para que raio vou fazer tratamento, não sei se é porque me resignei a cumprir calendário, mas tenho estado relativamente tranquila.

segunda-feira, 19 de março de 2018

Vida

E a dor felizmente melhorou,  hoje já sem sofá e sem calor da lareira agradeço que a dor tenha finalmente dado tréguas. Ainda não me disse definitivamente adeus, mas hoje é de longe o melhor de quatro dias. É terrível viver com dor continua tentando não arrastar ninguém comigo para o precipício da tristeza e melancolia, tentando disfarçar o indisfarçável.
Tenho andado murcha e desanimada como o tempo. Vários pensamentos, decisões e indecisões me passam pela cabeça. Várias rédeas que deveria tomar em várias partes da minha vida. Várias lições que preciso aprender, várias coisas para lidar agora que já não sou mais menina, agora que o tempo passa e com ele trás problemas e mais problemas. Um desafio a cada semana, mais uma barreira e outra e outra ainda.
Perceber que o mar calmo e tranquilo ficou bem longe, lá atrás, quando os desafios do dia a dia eram vividos numa história de bonecas e não de homens e mulheres . Isto de ser pessoa que não quer maçar os outros com as suas coisas, tem muito que se lhe diga. É muita coisa cá dentro à deriva,  a borbulhar, prestes a explodir. É a vida.

domingo, 18 de março de 2018

Domingo

No primeiro de três fins de semana sem fazer noites, neste lindo Domingo com o sol a entrar pela janela ao mesmo tempo que sinto o calor vindo da lenha que arde na lareira, deitada no sofá aproveito os poucos segundos entre o inspirar e o expirar em que não sinto dor. Apesar de fortemente medicada, apesar de não estar menstruada hoje é o terceiro dia de dor contínua, no ovário esquerdo. Não sei o porquê desta dor, se será um quisto folicular, não sei. Quero acreditar que vai passar.
Apesar da dor consigo agradecer este Domingo de paz, de calor, de casa, de amor.

sábado, 3 de março de 2018

Queridos filhos

Sabem filhos, a mãe e o pai foram a consulta no dia 23. A mãe lá ia cheia de nervos,  que me dão a volta à barriga e me fazem passar mal, bem o costume. Lá falámos com o médico e ele lá nos recordou que o problema da mãe não é um pólipo que se retire e que fica resolvido.  O Dr. deve achar que a vossa mãe é destrambelhada, assim a mãe teve que explicar ao Dr.,  menos simpaticamente do que gostaria,  que não é parvinha e que sabe muito bem, até bem demais, o que se passa. Sabe da qualidade dos ovócitos, sabe da baixa reserva e todo o rol de coisas más e negativas que não vale a pena rever.
Assim lá lhe explicámos o nosso plano e lá fomos à eco. Novidade das novidades não havia quistos por isso a mãe estava um passinho mais perto de vós. O Dr. sugeriu então análises,  passou receitas, pois se estivesse tudo ok iniciavamos a estimulação amanhã,dia 4. Como as análises eram urgentes fizemos as análises logo lá, na clínica para despachar e sermos muuuuito rápidos...Os dias foram passando e nada. Dia 27 liguei. As análises já lá estavam era só aguardar, que com toda a certeza o Dr. já ligava, dia 28,dia 1 e nada. Dia 1, quinta feira, mandei email ao médico e nada, dia 2 de Março 8 dias após ter feito as análises recebo um email. A Vitamina D (que eu pedi para fazer) está baixa e a minha tiróide está péssima. Logo o tratamento foi cancelado! Tratamento esse já pago e medicação no frigorífico, claro que, também já paga. Problemas? Obviamente que ninguém tem culpa da minha tiróide estar desorientada, mas a desconfiança,  a má impressão  e o desconforto ninguém me tira,ninguém o leva. O médico foi incapaz de pegar no telefone e ligar à mãe a dar este triste resultado, era o mínimo não era? A dúvida que será que se a mãe não tivesse mandado email iria iniciar a medicação no domingo e ninguém lhe ia dizer nada? Será que alguém realmente olhou para as minhas outras análises que tenho lá feito à progesterona, e a tudo o resto? Desconfiança. Nunca mais quero ouvir que se estiver alguma coisa errada logo ligo, não, quero que me liguem, quero valores, quero números...
Isto para vos dizer queridos filhos que continuo um pouco longe de vocês. Mas a fazer tudo direitinho, para lá para Maio ser possível estimular. A mãe vai buscar-vos queridos filhos nem que seja a última coisa que faço.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Coragem

A chover lá fora, na minha única folga semanal e ter que pegar no carro e ir até Lisboa, descabelar-me para estacionar para ir à acupuntura que provavelmente nem vai adiantar de nada,mas tentar acreditar que vai adiantar de alguma coisa... Coragem, é preciso coragem!

mantra (?)

eu vou ser mãe
eu vou conseguir
eu sou capaz
o meu corpo consegue
os meu ovários conseguem produzir ovócitos saudáveis
o meu útero consegue carregar um bebé durante 9 meses
nós vamos vencer a infertilidade



sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Tomorrow

The sun'll come out tomorrow,
Bet your bottom dollar that tomorrow there'll be sun
Just thinking about tomorrow
Clears away the cobwebs and the sorrow 'til there's none

When I'm stuck with a day that's gray and lonely
I just stick out my chin and grin and say... Oh!

The sun'll come out tomorrow,
So you gotta hang on 'til tomorrow, come what may!
Tomorrow, tomorrow, I love ya, tomorrow
You're always a day away

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Obrigada endometriose

Quando finalmente marcas a consulta, marcas acupuntura, voltas a pílula a endometriose presenteia-te com dores terriveis para te lembrar que está lá e que não tenciona facilitar-te a vida.
Obrigada.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Acupuntura e FIV?

Pois bem ainda não sei quais os planos "maquiavélicos" do Dr. Sérgio para mim,  mas resolvi adiantar-me e marcar consulta de acupuntura.
Vi no outro dia um pequeno excerto da participação do Dr Artur Morais na praça da alegria e fiquei a pensar naquilo. Claro que vou falar com o Dr. Sérgio e perguntar a opinião dele e se autoriza. Se ele concordar sempre é  um complemento e se me ajudar nem que seja a andar mais calma tanto melhor!

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Dia dos namorados

Há um ano atrás estávamos prestes a iniciar a estimulação.
Há um ano atrás fomos jantar e na mesa atrás da nossa estava uma senhora com um recém nascido num carrinho de bébé.
Perguntei-te se achavas que para o ano teríamos companhia ao jantar neste dia, respondeste, cauteloso: talvez.
Ainda não consegui dar-te um filho, meu querido namorado e marido. 
Ainda não consegui pôr-te o brilho que tiveste no olhar em Novembro de 2015, quando o teste foi positivo. Nunca mais pudeste ir comemorar, ainda que em segredo, uma notícia tão, tão boa e surpreendente. Nunca mais choraste de uma felicidade tão grande.
Vês, estoicamente, amigos e familiares a serem pais de primeiros e segundos filhos e nunca te queixas embora sintas o mesmo que eu, a mesma tristeza e o mesmo sentimento de injustiça.
És muito melhor pessoa do que eu, se eu acho que não merecia isto, tenho a mais pura das certezas de que tu não merecias nada disto.
A infertilidade é uma filha da puta e detesto-a por saber o quanto te faz sofrer, do quanto te priva. Detesto ter sido eu a trazer essa cabra para a nossa vida.
Não tenho a capacidade de te dar uma família perfeita, um monte de mini nós a correr pela casa, só te posso dar todo o meu amor e mesmo nos dias maus, naqueles em que quero desistir de tudo, em que estou completamente perdida, se me olhares nos olhos encontrarás uma imensidão de amor por ti.
Amo-te muito e para sempre meu amor.


domingo, 11 de fevereiro de 2018

TPM

A tpm tem sido horrível nos últimos 4 meses. Sinto um terrível aperto no peito, uma sensação de medo, de terror,  de afogamento, de falta de ar, como se não conseguisse vir à tona de água respirar. Ansiedade portanto. Melhor, angústia que vem sem pedir e sem avisar e se instala.
Como tenho consulta em breve e mesmo sem saber quais serão os " planos das festas" vou começar com a pílula para ver se tenho um pouco de paz, porque estas hormonas estão do piorio! Não se aguenta!

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Em relação ao último post

Quando fomos para as consultas de infertilidade e devido à endometriose já sabia há anos qual era o médico e a clínica que ia escolher. A "receita" para o sucesso,  que tinha acompanhado durante anos de endometrioses,   pelos fóruns desta vida era bem "simples". Laparoscopia pelo Setúbal mais FIV com o Dr. Sérgio. Quando a bola está do nosso lado a história é outra, as certezas fogem todas, mas fica a sensação de o calendário estar a ser cumprido como manda a lei. Claro que quando a receita falha tão miseravelmente não se acredita em mais nada. Mas alguém acha que eu acredito que os meus embriões alguma vez vão ser bons? Mais folículos sabemos, perfeitamente, que não vamos ter, mas em relação à qualidade o Dr. Sérgio disse que podia ter sido um ciclo isolado... Eu não acredito minimamente nisto e por isso é que não sei que sentido faz passar por tudo isto fisica e emocionalmente,  para nada. No entanto sei que para ficar de consciência tranquila tenho que o fazer, só que por não ter esperança nenhuma, nem vontade tenho de marcar consulta. A minha pergunta ainda não mudou é sempre a mesma, para quê? Tenho que ganhar força e marcar, mesmo sem acreditar. Não tenho forças para isto da infertilidade, está luta é demasiado dura para mim, ainda mais quando não vejo luz ao fundo do túnel. Espelho meu espelho haverá alguém tão pessimista (realista?) quanto eu?

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Uma história com um final feliz

A história da Luarte (http://www.ideiasdebaixodotelhado.com/2015/06/eu-e-minha-infertilidade.html?m=1)
teve um final feliz, ela é mãe, com todas as letras, de um menino. Esta é alguma da história dela,um pequeno pedacinho do seu turtuoso caminho. Não estou preparada para seguir as suas passadas, mas saber que ela sentiu tanto do que sinto e que agora é tão feliz(http://www.ideiasdebaixodotelhado.com/2018/01/amor-maior.html?m=1) dá-me alguma tranquilidade.

Que sejam muito felizes, os quatro!



segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Segurança pessoal

Tenho tentado proteger-me... hum como dizer isto... dos bebés! Sim, é verdade, dos que estão cá fora e dos que estão nas barrigas. É ver-me a fugir!
Não sei se já tinha escrito ou comentado algures que não pergunto a grávida nenhuma nada relacionado com a gravidez, nem como estão, nem como correu a consulta ou isto ou aquilo. Correndo sérios riscos de parecer mal educada, tem sido muito melhor assim. Antigamente participava avidamente nas conversas como se pertencesse aquele mundo, e era tudo muito bonito, até à conversa terminar e eu perceber que o meu colo continuava vazio, apesar de todos os meus conhecimentos! É a minha maneira de me resguardar, de me proteger.
Com bebés é igual se calha ter um cliente que traga um carrinho de bebé atrás afasto-me deles, não faço caretas, não ligo, não brinco,não me derrete... Depois,  tenho uma cliente que foi lavar as mãos e me deixa com a criatura no seu carrinho e este começa a resmungar lá me meto com ele lá começa a gargalhar e lá se vai a segurança pessoal para o galheiro!

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Ciclo de vigia

Este ciclo está a ser um ciclo de observação. O anterior foi uma confusão tive spotting em vários momentos sem explicação. Neste não fiz suplementação com progesterona na segunda metade do ciclo e assim, como antigamente o spotting devido à insuficiência do corpo luteo começou ontem. Se a história se mantiver irei ter 4 dias de spotting até vir a menstruação isto é o normal da minha anormalidade mas que sei que resolvo com a progesterona.
Tenho sérias dúvidas em qual será o meu plano a seguir
Não sei se.e estou preparada para o que quer que seja sujeitar-me a estimulação é ter que ser eventualmente operada, ou pior estragar o útero de vez . Também não sei se estou preparada para abdicar dos meus genes. Não sei estou baralhada e confusa. Gostava de acreditar e de ter esperança, mas não tenho.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Novo anúncio da wells

Já viram?
A sério sonae?
"Um futuro sem bebés não tem futuro?"
Obrigada por me recordarem disso de 5 em 5 minutos.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Endometriose em "A Tarde é Sua"


Na 3a feira, dia 2/01 um "casal com endometriose" foi ao programa da tarde falar sobre a doença (que é TÃO IMPORTANTE) e dar esperança a casais com ENDOMETRIOSE e infertilidade no geral. Estão grávidos de uma gravidez espontânea  um ano após cirurgia.
Que bom é ver aqueles olhos que já devem ter chorado tantas lágrimas a brilhar de uma felicidade que transborda. 
Não vou dizer que me dá esperança mas fiquei tão feliz de os ver felizes, pois mesmo sem os conhecer, conheço muito do que passaram! 
Que sejam muito felizes!