segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Ponto da situação

Em Outubro quando fui a consulta medir o endométrio, estava doente, aliás tenho estado sempre doente desde o verão, desde que fiz o decapeptyl. Não acredito que tenha relação, acho que não tem, mas a verdade é que já não sei o que é ter saúde efectiva há alguns meses. Uma semana uma coisa, outra semana outra. No dia da ecografia estava muito em baixo fisicamente, estava com um problema de saúde que não é novo para mim, mas que é muito debilitante. Receber aquela notícia, foi mais do que o que eu conseguia suportar naquele momento. O estado em que sai da consulta foi um dos pontos mais baixos desta minha infertilidade. O Dr. Sérgio deu-nos várias hipóteses, no dia em que viu a imagem que seria hidrosalpinge bilateral, desde partir para bloco, até aguardar, até fazer um exame para confirmar. Recorri à psicóloga da IVI ainda nessa manhã, e ainda bem. Muito atenciosa, muito querida, gostei dela e ajudou-me, ajudou-nos, esclareceu-nos, descansou-nos. Passei o resto do dia em casa a recuperar fisica e emocionalmente e lá arregacei mais uma vez as mangas. Preparei-me para uma nova ida ao bloco, marquei consulta com o possível cirurgião, fui a consulta com ele e pedi-lhe a sua opinião. O de sempre chorar, cair, levantar, erguer, lutar, sobreviver. São 3 anos disto, o calo já é grande. Optámos por fazer o exame, foi a nossa opção, das três disponíveis. Primeiro ainda acreditámos que o conseguiriamos fazer naquele ciclo, mas não aconteceu, claro, e acabámos por fazer o exame há poucos dias. E o exame revela que não há qualquer hidrosalpinge, portanto não há necessidade de cirurgia. A minha trompa esquerda não funciona, mas a direita está ok e eu fico muito contente por isso, porque ainda não me tiraram as peças todas, ainda tenho uma trompa a funcionar e isso para mim é bom, não serve para nada mas é bom. Quanto ao futuro não sei, não sei se no próximo ciclo não chego lá para medir folículo e há uma nova calamidade, não sei nunca o que esperar, por isso mais vale não esperar nada e viver um dia de cada vez.